Filhos de Nzambi, ou traduzindo Filhos de Deus. A associação de Capoeiras Filhos de Nzambi tem 21 anos de historia, tendo a frente nosso querido Mestre Guerreiro, levando a capoeira a todos aqueles que por essa arte se encantam e se apaixonam. São muito anos de historias para se resumir em apenas em uma pagina, então vou tentar conta-la através de diversos pontos de vistas nas postagens deste blog. Como gostamos de dizer Filhos de Nzambi é família e convidamos a você fazer parte dela.
segunda-feira, 28 de maio de 2012
Origem da Capoeira
A capoeira é uma expressão cultural brasileira
que mistura arte-marcial, esporte, cultura popular e música.
Desenvolvida no Brasil principalmente por
descendentes de escravos africanos com
alguma influência indígena,
é caracterizada por golpes e movimentos ágeis e complexos, utilizando
primariamente chutes e rasteiras, além de cabeçadas, joelhadas, cotoveladas, acrobacias em solo ou aéreas.
Uma característica que distingue a capoeira da maioria das outras
artes marciais é a sua musicalidade. Praticantes
desta arte marcial
brasileira aprendem não apenas a lutar e a jogar, mas também a tocar
os instrumentos típicos e a cantar. Um capoeirista experiente que ignora a
musicalidade é considerado incompleto.
O termo capoeira aparece
pela primeira vez em 1712, por Rafael Bluteau, em seu livro "Vocabulário
Português". Propostas Empregadas ao Termo
Jogar Capoeira ou Danse de la Guerre, de Johann Moritz Rugendas,
de 1835
Antônio Joaquim de Macedo Soares, fez contestações quanto as proposições apresentadas por José de Alencar, que atribuiu ao Tupi CAA-APUAM-ERA, traduzido por "mato cortado", e pelo Visconde de Rohan de que o tupi Copuera, significando "Roça velha", viesse a se transformar no termo capoeira.
A palavra capoeira é originária do tupi-guarani, que significa "o que foi
mata", através da junção dos termos ka'a ("mata") e pûer
("que foi")[1]. Refere-se às áreas de mata rasteira do
interior do Brasil onde era praticada agricultura indígena. Acredita-se que a
capoeira tenha obtido o nome a partir destas áreas que cercavam as grandes
propriedades rurais de base escravocrata. Capoeiristas fugitivos da escravidão
e desconhecedores do ambiente ao seu redor, frequentemente usavam a vegetação
rasteira para se esconderem da perseguição dos capitães-do-mato.
Macedo escreve:
"Capuer", capoêra é pura e simplesmente o guarani caá-puêra, mato que
foi, atualmente mato miúdo que nasceu no lugar do mato virgem que se derrubou.
A proposta mais coerente considerada sobre a luta capoeira é do estudioso argentino,
radicado no Brasil, Adolfo Morales de Los Rios Filho, onde, segundo sua lógica,
o termo capoeiros era empregado aos escravos carregadores quase exclusivos dos
grandes cestos chamados "capu" (a justaposição do termo indígena
"ca", que se refere a qualquer material oriundo da mata, da floresta,
com "pu" referente a cesto, forma o termo "ca-pu", que
significa cestos feitos com produtos da mata).
A capoeira como luta, na hipótese de Morales, teria nascido nas disputas da estiva, nas horas de lazer, nas "simulações de combate" entre companheiros de trabalho, que pouco a pouco se tornariam hierarquias de habilidade
A capoeira como luta, na hipótese de Morales, teria nascido nas disputas da estiva, nas horas de lazer, nas "simulações de combate" entre companheiros de trabalho, que pouco a pouco se tornariam hierarquias de habilidade
Outras expressões culturais, como o maculelê e o samba de roda, são muito associadas à capoeira,
embora tenham origem e significados diferentes.
A história da capoeira provavelmente começa com o início da escravidão
africana no Brasil. A partir do século XVI, Portugal começou a enviar escravos
para as suas colônias, provenientes primariamente da África Ocidental. O
Brasil, com seu vasto território, foi o maior receptor da migração de escravos,
com quase quarenta por cento de todos os escravos enviados através do Oceano
Atlântico. Os povos mais frequentemente vendidos no Brasil faziam parte dos
grupos sudanês (composto principalmente pelos povos Iorubá e Daomé),
guineo-sudanês, dos povos Malesi e Hausa e do grupo banto (incluindo os kongos,
os Kimbundos e os Kasanjes), provenientes dos territórios localizados
atualmente em Angola, Congo e Moçambique.
A capoeira ainda é motivo de controvérsia entre os estudiosos de sua
história, sobretudo no que se refere ao período compreendido entre o seu
surgimento e o início do século XIX, quando aparecem os primeiros registros
confiáveis com descrições sobre sua prática.
Teriam os escravos trazidos
da África a capoeira ou teriam criado aqui no Brasil? Esta é uma dúvida que até
hoje divide folcloristas, etnógrafos e estudiosos no assunto.
Não temos registro da existência da capoeira ou qualquer outra forma similar à capoeira no continente africano. Em 1966, Inezil Penna Marinho esteve em Angola pesquisando uma possível origem da capoeira, chegando a conclusão que ela era inteiramente desconhecida lá, quer entre os eruditos, quer entre os nativos, a cujas festas religiosas e danças guerreiras assistiu.
A situação dos negros escravos aqui e no seu país de origem era muito diferente: Lá eram livres, aqui escravos.
Logicamente foi no Brasil que a capoeira teve suas raízes formadas.
Nas práticas religiosas a que os africanos se entregavam, as danças litúrgicas, ao som de instrumentos de percussão, desempenhavam papel de grande relevância, pois o ritmo bárbaro exacerbava-lhes a gesticulação, exagerava-lhes os saltos, exercitava-os na ginga do corpo, dotando-os de extraordinária mobilidade, excepcional destreza, surpreendente velocidade de movimentos. E é a estes rituais religiosos, que pesquisadores atribuem o surgimento da capoeiragem.
Disse Charles Ribeyrolles, um francês que aproveitou o tempo vivido em nossa terra - exilado por Napoleão III - para retratar os costumes do lugar: "No sábado à noite, finda a última tarefa da semana, e nos dias santificados, que trazem folga e descanso, concedem-se aos escravos uma ou duas horas para a dança. Reúnem-se no terreiro, chamam-se, agrupam-se, incitam-se e a festa principia. Aqui é a capoeira, espécie de dança pírrica, de evoluções atrevidas e combativas, ao som do tambor do congo.".
Capoeira - Arte Marcial Brasileira Por ocasião da Guerra do Paraguai, muitos capoeiras foram enviados para a frente de batalha, lá se fizeram heróis, portadores de grande sangue frio, coragem e audácia (tendo-se em conta que a maioria dos combates exigiam muitos confrontos corpo à corpo).
Não temos registro da existência da capoeira ou qualquer outra forma similar à capoeira no continente africano. Em 1966, Inezil Penna Marinho esteve em Angola pesquisando uma possível origem da capoeira, chegando a conclusão que ela era inteiramente desconhecida lá, quer entre os eruditos, quer entre os nativos, a cujas festas religiosas e danças guerreiras assistiu.
A situação dos negros escravos aqui e no seu país de origem era muito diferente: Lá eram livres, aqui escravos.
Logicamente foi no Brasil que a capoeira teve suas raízes formadas.
Nas práticas religiosas a que os africanos se entregavam, as danças litúrgicas, ao som de instrumentos de percussão, desempenhavam papel de grande relevância, pois o ritmo bárbaro exacerbava-lhes a gesticulação, exagerava-lhes os saltos, exercitava-os na ginga do corpo, dotando-os de extraordinária mobilidade, excepcional destreza, surpreendente velocidade de movimentos. E é a estes rituais religiosos, que pesquisadores atribuem o surgimento da capoeiragem.
Disse Charles Ribeyrolles, um francês que aproveitou o tempo vivido em nossa terra - exilado por Napoleão III - para retratar os costumes do lugar: "No sábado à noite, finda a última tarefa da semana, e nos dias santificados, que trazem folga e descanso, concedem-se aos escravos uma ou duas horas para a dança. Reúnem-se no terreiro, chamam-se, agrupam-se, incitam-se e a festa principia. Aqui é a capoeira, espécie de dança pírrica, de evoluções atrevidas e combativas, ao som do tambor do congo.".
Capoeira - Arte Marcial Brasileira Por ocasião da Guerra do Paraguai, muitos capoeiras foram enviados para a frente de batalha, lá se fizeram heróis, portadores de grande sangue frio, coragem e audácia (tendo-se em conta que a maioria dos combates exigiam muitos confrontos corpo à corpo).
Porém, a luta da Capoeira
não acontece com objetivo de competição entre os camaradas. Quando o jogo
degenera em luta explícita, já não ocorre a Capoeira. O objetivo da luta é
tornar o capoeira senhor de si mesmo e integrado ao grupo.
espero
que tenham gostado e acrescentado mais ao conhecimento de todos, nas próximas pastagens
estaremos postando mais sobre instrumentos e alguns mestres mais conhecidos
aquele axé camara
att: golfinho
Assinar:
Postagens (Atom)